Powered By Blogger

Tuesday 22 January 2013

ESTAMOS EM GUERRA.COMERCIAL



Levantou, apanhou. A guerra comercial.

O fato de não estarmos envolvidos diretamente em conflitos armados não quer dizer que não estamos em guerra. Enquanto o país luta para aumentar as suas exportações, o que não é fácil, os nossos concorrentes reagem. Não há dia em que, em algum lugar do mundo, não barrem produtos ou empresas brasileiras. Temos o caso mais recente da carne bovina, barrada em seis países, o do frango e os mais antigos de aviões, de suco de laranja, de soja, de algodão, das barreiras na Argentina e até os casos de barragem de entrada de brasileiros na Espanha. E mais, milhares de pequenos casos que as empresas administram sozinhas, longe dos holofotes da imprensa e da política. Exportar é lutar.

A preparação para essas batalhas começa nas empresas produtoras e exportadoras. Aliás antes, nas faculdades de comércio exterior e de direito, onde temos que preparar melhor  os nossos profissionais. E a base de tudo é a estratégia empresarial. Começa pela inovação, ou seja ser competitivo pelo produto e não só pelo preço. Essa competitividade tem que ser de todos, inclusive do setor público. E claro, tem o seu ponto de partida na escolha de mercados com menor nível de resistência e de barreiras, sejam técnicas ou políticas.

O recente caso da carne bovina mostrou que também outros atores, governamentais ou não, devem estar preparados para essas batalhas, começando por evitar que aconteçam problemas. O episódio mostrou enorme falta de responsabilidade, diria até de atenção, dos envolvidos. As entidades de classe e agências promotoras de exportações devem estimular a estratégia de não-conflito em vez de empurrar a solução para o jeitinho brasileiro com a simpatia de malandro. Inclusive porque a maioria das empresas têm ações na bolsa de valores e têm responsabilidades com os diversos stakeholders.

Quando ocorre a proibição de importação do produto brasileiro provocada por deslizes de um exportador, todas as exportações brasileiras são afetadas. Estamos bem amparados através de nossa diplomacia nos fóruns internacionais como a OMC. A rede diplomática reage bem, mas ela e o governo não podem ser usados para cobrir os erros empresariais ou constranger a presidência da nação porque o dever de casa não foi feito.

A  exportação e ampliação da presença econômica brasileira é política de  Estado. Portanto, ele é o primeiro que deve se equipar para dar condições ao setor produtivo para poder exercer o seu papel. O caso da proibição de carne mais recente mostrou que  o Estado brasileiro esta em certos setores despreparado para exercer seu papel de controle. A ambição de atingir em dez anos 500 bilhões de dólares de exportações vai exigir posturas diferentes também no setor público, adequando a gritante falta de infra-estrutura.

Ou seja,  a defesa comercial é só uma parte da moeda. Na verdade temos que atacar os mercados sem perder a capacidade de defesa. E temos bons exemplos que se sobrepõem aos fracassos e maus exemplos de alguns. Mas essa tática deve também provocar a mudança de atitude de entidades empresariais, principalmente de agricultura e indústria. A primeira, não  pode resolver  tudo através de bancada no congresso e pressão política. E a segunda não deve se esconder atras da competência da FIESP, o caso típico foi o contencioso com a Argentina, e participar só das festas com o governo através de suas lideranças. Precisa de esforço competente para resultados.

Quanto mais exportarmos, mais problemas vamos enfrentar meu caro Watson. E cada problema que enfrentamos não é só menos lucro para as empresas, menos dólares, mas também menos empregos e mais problemas sociais. Estamos em um mundo em guerra comercial permanente. E temos que estar prontos para isso.


Stefan B. Salej
14.1.2013.

Sunday 13 January 2013

E MINAS EXPORTA MINEIROS E MINERIOS.ANS



De Minas exporta

Antigamente se dizia que Minas exporta minérios e mineiros. Após séculos de ser a província  mineral mais importante do Brasil, Minas continua liderando as exportações de minérios e também  carnes,  café e alguns outros produtos primários. A base de exportação mineira são  estes produtos. Café Minas era marca mundial. Era cafe arábica tão conhecida que era até contrabandeado  durante a época de cortina de ferro na Europa. E cotado em todas as bolsas de café no mundo.

A base de exportação de produtos primários acrescida de exportação de automóveis que vai secar provavelmente com a fabrica nova dos italianos em Recife ( que vai oferecer condições logísticas muito melhores) e produtos de aço com alguns outros produtos manufaturados como ferro ligas altamente subsidiados por custo preferencial de energia elétrica, não serão suficientes para puxar o desenvolvimento de Minas no futuro. Mesmo tendo um superávit espetacular nas contas externas, ou seja Minas importa muito menos do que exporta, não significa que a base de exportação garante progresso.

O esforços estão sendo feitos há anos. O exemplo de cachaça artesanal que hoje conquistou mercados mundiais e graças à atuação do governo federal conseguiu privilégios para exportar para Estados Unidos é um bom exemplo de quando se quer, se consegue. O turismo pode ser outra fonte e a presença de Minas precisa ser ampliada e em muito. O Inhotim e Tiradentes como Estrada real são projetos inovadores, mas tem que ter a consistência e continuidade. E tem cidades históricas. Há também exportação  
de serviços. Esta batalha que foi liderada pela Construtora Mendes Jr. abrindo o mundo para os mineiros (quem ainda se lembra de obras na Mauritânia e Iraque entre outros), continua com esforços menores, mas ainda existe. A exportação de serviços de engenharia é a exportação de inteligência, equipamentos e mão de obra. Nesta esteira também se expandiu a exportação de serviços de educação, onde Minas com Pitagoras liderava o processo.

A agencia estadual de promoção de exportações, escritório regional do Itamaraty Ereminas que foi inaugurado há 15 anos, as entidades como Fiemg, Sebrae, e outras, perfazem um conjunto as vezes descoordenado de apoio ao exportador. Mas mais importante é que os novos investimentos vindo para estado com enormes incentivos sejam competitivos a nível mundial. World class e não projetos de baixa competitividade. O mercado brasileiro por mais que cresça não será suficiente para industria e agricultura criarem bem estar. O mercado de Minas é o mundo.

Stefan B. Salej
17.1.2013.  

Sunday 6 January 2013

IN DARKNESS

O filme relata a historia de familias judias escondidas em esgoto por apoximadamente dois anos na cidade polonesa de Lvov durante a ocupação  alemã. Com ajuda de uma familia polonesa, inspetor de esgotos, alguns deles sobreviveram.

O acontecido há  setenta anos traz para a tela a violência e a solidariedade. O ódio, trocas por dinheiro e novamente a solidarnošč, se revezam como a vida e a morte. Mas o filme lembra uma perseguição louca dos alemães, perseguição irracional, criminosa que se espalha com uma facilidade pelos outros habitantes. A vida ou a morte é só uma questão de dinheiro até que surgem os valores humanos. Os setenta anos desaparecem no filme, parece que tudo aconteceu ontem e pode estar acontecendo hoje.

Caçados os judeus perseguidos irão aonde? Vendo este filme pode entender melhor porque Israel é  a terra dos judeus.

6.1.2013.

Friday 4 January 2013

DA VENEZUELA, CUBA, PETROLEO E CHAVEZ(2)

A agonia tragica do Presidente Hugo Chavez traz a memoria as mortes de outros grandes lideres no campo socialista. Mais proxima para mim, que nasci na regiao que pertencia a antiga Iugoslavia, e a morte do Marechal Tito em 1980. As semelhancas do acontecido foram conferidas nos arquivos historicos publicados e depoimentos que obtive ontem e hoje das pessoas que participaram do Governo iugoslavo  na epoca.

Tito foi se  tratar em Ljubljana, Eslovenia,porque nao confiava nos hospitais militares de Belgrado. Nao confiava nos militares em Belgrado. Os medicos e envolvidos  no tratamento dele confirmaram que desligaram os aparelhos e que ele agonizava muitos dias. Em resumo, a morte foi declarada quando foi resolvido apesar de quadro institucional prever a sucessao, a sucessao de fato.

Presidente Chavez esta se tratando num pais fechado, pode ser que tem medicina melhor ou  nao (meu medico particular em Sao Paulo me recomendou de tratar de prostata em Caracas quando estava la, alegando que tem excelentes medicos por la) onde ninguem, nenhum medico da qualquer explicacao.As explicacoes de politicos venezuealanos sobre a doenca dele, sao declaracoes politicas e nao medicas. Quando politico ou familia explica o caso medico, e porque o medico nao pode explicar. E so o medico sabe de fato o que esta acontecendo.

Em resumo: Chavez so sera declarado morto quando sera clara e confirmada a sucessao dele. Para os cubanos e fundamental de ponto de vista politico e em especial economico, que chavizmo continua. Sem ajuda financeira de Venezuela, quem  morre de vez e a Cuba.

Para Estados Unidos e a grande chance de acabar com seu arqui rival hoje na America Latina, bolivarismo ou chavizmo. As conversas entre os representantes do Depto. de Estado norte americano  e os representantes do chavizmo estao acontecendo sob pressao dos paises latino americanos que nao querem mais uma intervencao norte americana no continente.Mas o impeto norte americano, seu engajamento nas eleicoes venezuelanas e de derrubar chavizmo com soft ou outro tipo de power nunca cessou.

O jogo e de uma complexidade impar e e ouverture para o caso cubano com morte de Fidel Castro.

Pelo que aconteceu na Iugoslavia e outros paises socialistas, nenhuma morte de lider socialista aconteceu de forma transparente. Sempre houve manipulacao ate ser resolvida a sucessao. No caso os atores sao mais do que experientes no assunto e seguem o manual do antigo leste europeu. E os interesses em jogo sao mais do que uma pessoa, no minimo a sobrevivencia de socialismo o muerte  ou da  quinta potencia petrolifera do mundo.