DOS ESTADOS UNIDOS DE DONALD TRUMP
A posse do 45º Presidente dos Estados Unidos da América, na sexta-feira última, dia 20, dá início a uma nova era e termina outra. Com a presença de 900 mil pessoas, das quais se estima 270 mil protestando, com 28 mil policiais e mais agentes secretos e menos secretos, com distribuição de 4200 joints maconha pelos que querem a legalização da dita cuja, e com custo de 100 milhões de dólares, ou seja, 320 milhões de reais, com a menor aprovação de todos os presidentes que entraram desde os idos anos 60, entrou Donald Trump e saiu, com a maior aprovação dos presidentes em final de mandato, Barack Obama.
Obama, out, Trump, in. Termina a era Obama e começa o tempo de Trump.
Não se trata de personalidades e pessoas diferentes, trata-se de conceitos diferentes sobre como fazer crescer a economia dos Estados Unidos, ainda a mais importante do mundo, e como administrar uma sociedade tão diversificada e diferente, multicultural, como a norte-americana. Os valores que regeram a presidência de Obama, que foi acusado por Trump inclusive de não ter nascido nos Estados Unidos, são valores que muita gente no mundo considera como os valores éticos e morais que devem prevalecer na gestão dos estados.
Trump ganhou a eleição por dizer que Obama e sua candidata Hillary não dirigiram os Estados Unidos para serem ainda mais fortes, prepotentes e voltados tão somente para os interesses norte-americanos. Mesmo em seu discurso de posse, Trump não partiu para conciliar um país dividido pela eleição que ele ganhou não no voto popular mas com só votos indiretos do colégio eleitoral . Trump não concilia, ele lidera as soluções que pressupõe certas, da forma e maneira que ele quer. Ou está comigo ou está contra. Não há meio amigos e nem interesses, não há negociação a não ser dentro do que ele acha certo. E isso ficou claro na campanha, durante a transição e na posse.
Tempos novos e diferentes. Todo mundo terá que adaptar suas relações com os Estados Unidos à Trumpeconomics. 64% das pessoas nos Estados Unidos estão convencidas de que ele vai fazer os riscos mais ricos, bem, e os pobres que se danem. A equipe dele demonstra, junto com a maioria republicana que ele tem nas duas casas do congresso, quase ódio por tudo o que Obama fez. Se o ódio e o contrário construirão um país melhor, só esperando para ver.
Os inimigos externos já foram escolhidos, imigrantes, China, México, entre outros, mas entre os amigos, o Brasil, seus imigrantes e seu potencial de cooperação, não constam. Não tínhamos relevância para o Trump dos negócios e ainda não se prevê no horizonte a importância do Brasil para o Trump Presidente. Ou pode ser que o contraditório surpreenda.