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Saturday 23 March 2013

A SAUDACAO NAZISTA, CHICA DA SILVA E O DIREITO



 A saudação nazista, Chica da Silva e o direito

Quando os estudantes da centenária Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, a Casa do Afonso Pena e alma mater do prof.Anastasia, atual Governador do Estado, pintaram a colega caloura de preto, acorrentaram e colocaram a placa Chica da Silva, enquanto outros usávam a saudação nazista com direito a replica de bigode de Hitler, foi a condenação restrita mas não geral. A condenação foi dos estudantes, do instrumento de introdução de novos colegas na universidade, chamado trote que já  provocou  mortes nas outras universidades, foco do trote e da brincadeira sem gosto e da irresponsabilidade dos jovens.

O ato abominável em todos os aspectos e dimensões deve servir de reflexão além da brincadeira do mau gosto. Foram atos explícitos de racismo e anti-semitismo que geraram  os protestos mais do que justos da comunidade judaica de Belo Horizonte, de alguns professores e estudantes negros, da reitoria da Universidade que prometeu sindicância e em seguida saíram do noticiário. A maioria dos atores acadêmicos e profissionais da educação, de direito, como OAB, as entidades religiosas e políticos inclusive os deputados da  Comissão de direitos humanos, se calaram ou falaram tão baixo, que não deu para ouvir. Alias, não se ouviu direito nem Ministros da área de direitos humanos e de mulheres. E nem procuradores encarregados destes assuntos.

Em resumo, parece que muito a moda da política mineira, o assunto vai para o baixo do tapete. Os judeus ficam sempre lembrando holocausto e os negros tem ate cota para entrar na universidade. Deixe os meninos fazerem a brincadeira, a juventude é assim mesmo.

A percepção da gravidade destes atos, como a ponta de iceberg da nossa educação, não esta sendo percebido. A atitude irresponsável dos estudantes mineiros é o resultado de educação ate chegada na universidade através de vestibular com receita de miojo e continua na faculdade. Eles são produto deste processo que nega história, quer de volta os valores abnegados de nazismo e escravidão. E para que se chega a isso, muita gente chamada de educador, desde família, o ambiente social no qual vivem e as escolas que freqüentaram, participou. Principalmente cabe a pergunta como as pessoas que estão sendo educadas para serem guardiões da lei,futuros juízes,advogados, procuradores, recebem esta educação. Será que a sindicância basta ou precisamos nos perguntar onde falhamos e quantos destes jovens existem pelo Brasil afora. Ou educadores que não cumprem seu papel como os daqueles jovens culminando com a educação que a faculdade tão respeitada não lhes deu.

Friday 22 March 2013

TUDO PARA COLOCAR ABAIXO DO TAPETE!












ESTE E MAIL VIA E MAIL PUBLICO QUE EXISTE NA HOME PAGE DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG, ENVIEI A DIRETORA DA FACULDADE. CLARO, COMO TAMBEM NAO HA RESPOSTA. ALIAS ELA EM NENHUM MOMENTO PELO QUE PUDE OBSERVAR DISSE QUALQUER COISA EM PUBLICO.TUDO   PARA SER COLOCADO ABAIXO DO TAPETE.VALE A PENA LER O RELATORIO DE GESTAO DA FACULDADE DE 2011/12. NENHUMA PALAVRA SOBRE A EDUCACAO.ATE SOBRE CONTRATACAO DAS COPEIRAS. E A LEITURA DAS ATAS DA CONGREGACAO DAS QUAIS PARTICIPAM ESTUDANTES, FICAM SEM COMENTARIOS.JA QUE FALAMOS EM TRANSPARENCIA, NAO PODERIA EXISTIR UM E MAIL DA DIRETORA SEM CENSURA PREVIA QUE PODERIA SER USADO PARA ENVIAR A  ELA? 
Sra. Diretora, mesmo que ja ecrevi ao prof. Clelio, nao deixo de regitrar aqui minha estranheza de que sob sua direcao nesta centenaria faculdade educam os alunos que consideram a saudacao nazista e desrespeito a negros, uma brincadeira.Se seus professores e Sra, e falo com a autoridade de que foi membro do CS da Capes por 8 anos alem de outras atividades, nao sabiam que valores e conhecimentos sao transmitidos aos nossos futuros guardies da lei, estamos perante um problema ainda maior. E quantos foram educados nestes valores ante semitas e racistas e nao sabemos? Os responsaveis nao sao so alunos mas os educadores e a maior entre eles a direcAo da escola. Repudio aos acontecimentos e a punicao dos estudantes sem definir a sua responsabilidade e dos seus colegas, e em vao. De um lado tenho profunda vergonha que isso aconteceu no meu estado e na minha universidade, sempre gaurdia e percusora dos direitos humanos e de justica social. E mais, a preocupacao que geracao que estao!
  criando. Como Sra. estudou em Louvain, vale a pena perguntar quantos minutos apos o acontecido diretor da escola ainda estaria no cargo ou teria a decencia de pedir demissao. Stefan B. Salej ex presidente da FIEMG

Thursday 21 March 2013

RACISMO DOS ESTUDANTES MINEIROS.INTOLERAVEL,INACEITAVEL



Na festa de entrada dos novos alunos de direto na Faculdade de direito da  UFMG, foram exibidas as saudacoes  nazistas alem de alunos negros serem humiulhados. Estes alunos, cujos professores se omitem comentar e dirtor da faculdade sumiu, sao nossos futuros juizes,procuradores, advogados ou seja gaurdiaes de direito.OAB nao falou nada, os depuatdos  m ineiros nao falaram nada como Nilmario, Jo e outros.E quem cala consente. FISEMG protestou. E a maioria acha que foi so uma brincadeira. A brincadeira da escravidao dos negros e do holocausto, que os jovens estudantes de direito de Minas nao conhecem.

Prezado prof.dr.Clelio Campolina
Magnifico reitor da UFMG

Meu caro amigo Clelio,

Os acontecimentos nas festas de entrada de novos alunos na Faculdade de direito da nossa UFMG da qual tanto nos orgulhamos como ex alunos, ultrapassaram os limites de civilidade e de ímpeto juvenil.

Eles não só representam uma vergonha para a referida Casa do Afonso Penna, a defensora tradicional dos valores democráticos e de direito, para a Universidade como um todo, mas para todos nos mineiros e brasileiros. E uma mancha negra na historia desta universidade que tanto lutou pela democracia, direitos humanos, igualdade e demais  valores que dignificaram a historia do nosso Estado e do Pais.

O que esta acontecendo que os jovens já frequentando a Faculdade se permitem fazer isso? Onde estao a direção da Faculdade, os professores e os pais, que permitiram que se executassem os atos tão incivilizados, cruéis e desrepeitosos.Ninguem ensinou estes jovens a historia dos 6 milhoes de judeus desparecidos nas camaras de gás na Alemanha nazista? Sobre o sofrimentos dos escravos?Nada, nada de historia.

Que elite esta escola, seus professores e direção, estão criando e educando? E se isso acontece na Escola de direito, que forma futuros juízes, advogados, procuradores, defensores da lei, que futuro este pais pode esperar no domínio da lei? E como isso e na outras escolas?Faculdades? Alguem sabe?

A responsabilidade criminal deve ser cobrada, e espero que as entidades responsáveis por isso a façam, dos professores, liderança da faculdade e dos alunos.

A responsabilidade moral tem que ser questionada e temos que ver o que esta acontecendo.

Meu caro reitor e amigo,

Queremos voltar a UFMG como voltamos no passado quando todos mesmo nos tempos do chumbo, que você lembra bem, fomos recebidos em igualdade, respeito  e oportunidade. UFMG não e uma universidade qualquer que se pode permitir colocar abaixo do tapete um caso destes ou punir meia dúzia de jovens que lhes foi permitido fazer sob olhar e patrocínio dos seus professores e a direção da faculdade e seus pais, o que foi feito. Alias, em regime democrático e com respeito a valores, alguns deles já teriam pedido demissão pela vergonha e desrespeito que criaram.

Espero que depois de 67  anos após a derrota do nazismo e século e meio de abolição   da escravatura,podemos entrar na Universidade com o mesmo respeito que entramos há quarenta e cinco anos.

Respeitosamente,

Stefan Bogdan SALEJ

UM MILHAO DOS AMERICANOS,DOIS TRILHOES DE DOLARES .IRAQUE



Dos dez anos da guerra de Iraque

Uma geração inteira dos mineiros lembra do Iraque  do ditador Saddam Husein como fonte de trabalho, renda, aprendizado, orgulho por construção de estradas, ferrovias e sifões. Os contratos da Construtora Mendes Jr. levavam milhares de operários, equipamentos e empresas, inclusive escolas Pitágoras. Era a bonança do Iraque.

Isso, de uma ou outra forma, durou até maio de 2003, quando as tropas aliadas lideradas pelos Estados Unidos invadiram novamente o Iraque. O objetivo era achar armas de destruição em massa,  como chamam as bombas atômicas, trazer paz para o mundo e instituir a democracia no Iraque, destituindo a claque do ditador Saddam. O então Secretário de Estado norte-americano, general Powell, vencedor da primeira guerra contra o Iraque, chamada a Tempestade de Deserto, quando da invasão iraquiana do Kuwait, exibiu nas Nações  Unidas incontestáveis provas de existência das armas iraquianas de destruição do mundo.

Após a invasão norte-americana, lembramos da alegria mostrada pelas redes norte-americanas dos iraquianos, destruindo monumentais figuras do Saddam, dançando na rua e, depois, do julgamento dos membros do governo iraquiano inclusive, com sentenças de morte, entre outras do próprio Saddam. E de repente, após uma vitória fulminante sobre os exércitos de Saddam, e sobre a sua temida Guarda republicana, assistimos ao surgimento de uma violência impar. Um campeonato de assassinatos, ataques terroristas, explosões, torturas e prisões de fazer inveja a qualquer regime anterior. E uma guerra sem fim, onde se procurava radicais islâmicos da Al Quaida.

No balanço dos dez anos de ocupação americana, chega-se a números assustadores. Cem mil mortos, dos quais 4.500 americanos, 30 mil soldados com invalidez permanente, 2 trilhões de dólares gastos. E mais uma geração inteira de norte-americanos que voltaram de lá com trauma psicológico. O reflexo financeiro do custo dessa guerra na crise que está assolando o mundo, aumentando  o déficit das contas públicas norte-americanas, com efeito no mundo inteiro, ainda não foi calculado.

Hoje não há entre os políticos sérios no mundo inteiro nenhuma dúvida de que a guerra no Iraque foi um dos maiores erros da história dos Estados Unidos. Não havia nem armas de destruição em massa, nem  terroristas. A intervenção criou novos insurgentes e instabilidade na região. Os Estados Unidos foram  militarmente despreparados para a guerra e abriram uma caixa de Pandora na região que vai hoje até o Afeganistão, passando pelo Oriente Médio. E testaram a sua capacidade bélica perdendo a guerra.

Stefan B. Salej
20.3.2013.