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Thursday 4 April 2013

DAS ARMAS E MORTES



Das armas e mortes

Certamente você já se perguntou, vendo a matança de 70 mil sírios nos últimos dois anos, de onde vêm as armas para o governo de um país paupérrimo e para os rebeldes. Os russos, que fornecem as armas para governo sírio, alegam que estão obedecendo às leis internacionais. O mesmo acontece com os fornecimentos para inúmeros grupos terroristas no mundo, que vemos exibindo as caras cobertas, mas com armas chamadas convencionais de última geração. Negócio de mais de 100 bilhões de dólares ao ano, que teve, após sete anos de negociações, finalmente aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas a Convenção sobre controle de armas convencionais, ou seja, armas portáteis, de pequeno porte, cada vez mais poderosas e mais usadas em guerras de insurgência, como a do Afeganistão, Mali, Sudão e mais uma dúzia de lugares, além da Síria, produzindo mortes, principalmente de civis. Conflitos sangrentos e massacres é que não faltam hoje em dia.

As abstenções de três dos membros dos BRICS, China e Rússia, grandes exportadores, e Índia, um dos maiores compradores, já mostram que a maioria que aprovou não está tão unida e que esse assunto também não esteve na pauta da reunião dos BRICS na África do Sul. Os Estados Unidos, que votaram a favor, terão, como todos os países, que aprovar a Convenção no Congresso, onde os senadores republicanos já declararam que não pretendem votar a favor. Ou seja, será que vamos ter mais uma convenção internacional, que deve ainda ser regulamentada, sem ser efetivada e que em termos práticos nada vai mudar?

O crescimento do mercado de armamentos e o aumento brutal de compras pelos países em desenvolvimento nos últimos anos mostram que estamos muito mais para a guerra do que para a paz. O debate sobre o uso de armas nos Estados Unidos, onde, com todas as matanças de jovens, não conseguem fazer uma legislação mais rigorosa, mostra a extensão do problema e falta da capacidade das sociedades de resolver.

O anúncio da EMBRAER de que vai investir mais em produção de equipamentos militares do que civis mostra que o Brasil  está tomando parte ativa nessa corrida armamentista. Os filmes americanos, que lideram a corrida de violência, mostram com bom merchandising o uso eficiente de revolveres Taurus, que concorrem com os Glock austríacos de igual para igual. As exportações de armas convencionais pelo Brasil atinge quase meio bilhão de dólares, pelos dados não oficiais.

A convenção que foi aprovada é um passo importante para regular o comércio, é um passo feito pela gente que prefere um livro a uma arma. Quiças mude o futuro de gerações daqui para diante.

Thursday 28 March 2013

OS BRICS EM DURBAN, VISTOS DE CAPE TOWN



DOS BRICS E BRACS

 A quinta reunião dos chefes dos Estados do Brasil, Rússia, India, China e Africa do Sul, neste ultimo pais, um pouco mais desorganizada que normalmente, terminou com vários  acordos bilaterais e promessas de nova cooperação. A reunião teve a sombra de cadáveres dos 13 soldados Sul africanos mortos em combates na Republica Centro Africana e a crise do Chipre. Mas uma reunião dos Cinco grandes, comparando com   os animais selvagens da Africa e símbolo da vida, elefante, rinoceronte, leão, girafa e Springboks, mostrou que os responsáveis pelos destinos de 40 % da população mundial tem um caminho longo a percorrer numa associação inventada por um banqueiro há anos. Como os cinco grandes na selva coabitam na mesma terra, mas não convivem, os cinco países dos BRICS, também estão na mesma terra, mas são muito diferentes.

Os competidores entre si procuram traços comuns para se tornarem parceiros. Assim, através de estabelecimento de um fundo de ajuda na crise financeira de 100 bilhões de dólares vão procurar amenizar as crises financeiras. E com um banco de desenvolvimento  com o capital inicial de 50 bilhões de dólares, vão financiar o desenvolvimento da infra estrutura na Africa. As duas iniciativas são a resposta segundo os representantes dos BRICS a ineficiência do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial. Nas duas instituições os países BRICS tem forte representação  e principalmente no Banco  Mundial influencia, mas quem manda são os Estados Unidos e Europa. Alias, vale a pena ler recém publicadas transcrições de fundação destas instituições chamadas Breton Woods  em 1944 com ativa participação do Brasil.

Assim, os BRICS se colocaram, apesar que falta muito para que os papeis se  tornem ações, que pretendem ser uma alternativa política e econômica ao status quo  estabelecido. Mas, a parceria esta longe de ser uma parceria. Primeiro a predominância e o tamanho da China pesam em todas as relações entre estes países. Entre China, Rússia e India, há assuntos mal resolvidos. Os africanos acusam China de ser pior nas suas relações com eles que antigos colonizadores. E muitas vezes nas pequenas coisas se vê que estas relações estão longe de serem a prioridade.

Estabelecimento do Conselho Empresarial, por sinal com escolha excelente dos representantes brasileiros, pode ser que o comercio aumente. Mas falta muito para que BRICS sejam uma prioridade e compromisso de relações políticas e econômicas de cada um. Por enquanto, ate próxima reunião no Brasil, é um acrônimo em gestação.

Stefan B. Salej

Saturday 23 March 2013

A RESPOSTA CORRETA DO REITOR DA UFMG!!!!



O REITOR DA UFMG PROF.CAMPOLINA RESPONDEU A MINHA CARTA DE ONDE CONCLUIO QUE DEPENDENDO DELE NAO HAVERA NADA ABAIXO  DO TAPETE NO LAMENTAVEL EPISODIO.OBRIGADO E DESCULPAS PELA ANTECIPACAO DA CONCLUSAO. 

Prezado Stefan Salej,
Muitíssimo obrigado pelo seu e-mail. Andei atarefado com muitas questões nos últimos dias, inclusive com as ocorrências da Faculdade de Direito. Respondo do meu e-mail pessoal, na madrugada de sábado.
 Realmente, são inacreditáveis, lamentáveis, inaceitáveis os atos de racismo, submissão, coação, violência, ocorridos na Faculdade de Direito da UFMG. Eles chocaram a Nação e o mundo. Deixam-nos  envergonhados.
O trote é proibido pelo Regimento da UFMG. Vimos fazendo campanha de convencimento permanente contra atos dessa natureza.  A Universidade é uma instituição de ensino e pesquisa e, portanto, de educação. Nossa maior arma deve ser o convencimento permanente para que se crie uma sociedade mais integrada, com princípios éticos e morais de respeito e solidariedade entre as pessoas. Nesse aspecto a direção da universidade tem agido em conjunto com o próprio Diretório Acadêmico  e com o Sindicato dos servidores.  Os órgãos da administração central da universidade, através da Nossa Coordenadoria de Divulgação e Comunicação,  tem feito uma grande campanha de integração da comunidade. No início do semestre letivo há recepção dos calouros, inicialmente  pela administração central e, em seguida pelas unidades acadêmicas. Nesses eventos há uma grande campanha para  se criar um clima de integração dos novos membros da comunidade.  No entanto, vez por outro ocorrem fatos inaceitáveis, que transgridem os princípios do respeito e da boa convivência.
No caso concreto, assim que a Direção da Faculdade de Direito tomou conhecimento do ato que se praticava, tomou todas as providências para encerrá-lo. Ato contínuo criou uma comissão de sindicância para apurar todos os fatos e os responsáveis. Essa comissão começou a trabalhar imediatamente. Desde então tem havido reuniões entre a Direção da Faculdade e o Reitorado pra aprofundar as investigações e tomar todas as medidas  possíveis  e necessárias para o esclarecimento e identificação dos responsáveis o mais rápido possível.
Assim que tenhamos o resultado da sindicância tomaremos todas as providências cabíveis dentro do nosso Regimento e, se for o caso, encaminharemos  os resultados da apuração às autoridades policiais.
Sinta-se à vontade para encaminhar todas as suas críticas e sugestões.  Conheço seu engajamento político e social em prol da construção de um mundo melhor.
Quando vier a Belo Horizonte, terei  todo o prazer em recebê-lo para uma conversa pessoal .
Um grande abraço
campolina


Clélio Campolina Diniz
Professor Titular
CEDEPLAR - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha
31270-901 - Belo Horizonte, MG
Tels:+ 55 31 3409-7162
Fax:+ 55 31 3409-7203