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Friday 3 February 2017

DA FRANÇA

DA FRANÇA


As notícias bombásticas que o novo governo dos Estados Unidos produz e traduz em atos todo dia não podem eliminar a realidade política que  está desenhada do outro lado do Atlântico, na Europa,  onde temos eleições em breve na Holanda, na França em maio,  e na Alemanha, no outono. Mas, no momento  as eleições francesas são as que mais interessam. Não só pela sua importância para o futuro da Europa, mas até do ponto de visa de curiosidade pela maneira como a campanha se desenvolve.

Para começar, o candidato do partido da centro-direita, que desde a fundação da 5ª República, em 1958,  se reveza no poder com os socialistas, ex-primeiro ministro no governo Sarkozy, François Fillion, perdeu a liderança nas pesquisas porque o inquérito policial descobriu que ele, desde os tempos idos de1988, por mais de dez anos, manteve a esposa Penélope e os filhos na folha do pagamento de seu gabinete parlamentar, e ninguém achou os trabalhos, além dos domésticos, que eles faziam. O Penelopegate está tirando votos dele e assim,  em vez de ele continuar apresentando propostas, está defendendo a esposa e os filhos como trabalhadores impecáveis. A divida é de 3.5 milhões de reais.

A candidata da Frente nacional, extrema direita, Marine le Pen, que tem um número assustador de intenção de votos, também deve dinheiro. Deve ao Parlamento europeu, por despesas não comprovadas, um milhão de reais. Bem, os outros candidatos que estão subindo nas pesquisas ainda não tiveram seus pecados descobertos. E ai vem o socialista Hamon, que derrotou nas primarias do partido o ex-Primeiro Ministro Valls, e que promete reduzir a jornada de trabalho para 32 horas semanais, instituir imposto por instalação  de robot que substitui o trabalhador e renda mínima para todos os cidadãos.

E tem mais um candidato, para tornar as eleições francesas, a cinco meses  de escrutínio, o mais imprevisíveis possível:  Macron, ex-ministro da economia do Presidente Hollande, impopular até dizer chega. Macron está com propostas que unam mais trabalhadores  e empresários e modernizem Franca, que pretende, com a saída da Grã Bretanha da União Europeia, disputar a liderança  do continente.  

Se juntarmos a esses escândalos ainda o esquecido episódio da retirada da disputa presidencial, há alguns anos atrás, do ex-diretor geral do FMI,  Strauss Kahn (ninguém ate hoje explicou, nem em filme, o que aconteceu de fato com as orgias que organizavam para ele), ou então a que de tempos em tempos é chamada pela justiça para depor, a atual diretora geral do FMI, Madame Lagarde, e que nesta  semana  o todo poderoso dono do maior grupo aeronáutico francês, Dessault (aquele que queria vender aviões  Rafalle ao Brasil), Senador da Republica, Serge Dessault, foi apesar da idade avançada cassado por cinco anos e tem que pagar uma multa milionária por evasão fiscal, chegamos à conclusão que os escândalos acontecem, mas a justiça francesa, como a imprensa, continuam vigilantes.

A eleição na França em maio será fundamental, como a da Alemanha mais tarde, para definir os rumos da Europa.

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