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Friday 16 September 2016

DAS NAÇÕES UNIDAS

DAS NAÇÕES UNIDAS

A temporada nova-iorquina da política brasileira começou. Após a viagem à China e à participação na reunião dos chefes de estados e de governos do grupo denominado G 20, o Presidente Temer e seu entourage vão a Nova Iorque para a 71ª Assembleia Geral das Nações Unidas. E por tradição é o representante brasileiro que abre a sessão que reúne 194 estados deste planeta. O número é menor do que o que compõe, por exemplo, a FIFA ou o Comitê Olímpico Internacional. Na FIFA são membros, entre outros, o País  de Gales, que nas Nações Unidas é representado pelo Reino Unido. Mas, isso são detalhes da política internacional, composta por um quebra-cabeça bem complexo e difícil de compreender.

O mundo de hoje, e que estará presente na ONU, continua com seus conflitos mal-resolvidos e com perspectivas bem sombrias. A situação no Haiti, a guerra no Afeganistão, o Oriente Médio, tráfego de pessoas, narcotráfico, refugiados como nunca o mundo viu, terrorismo, crescimento de riqueza de alguns e pouca diminuição da pobreza no mundo, crise financeira, crescimento do poder nuclear, conflito armado na Ucrânia e mais e mais. Não falta problema sem solução e problemas que são globais e afetam todos os países.

As Nações Unidas precisam de reforma do seu sistema e os cinco grandes, com direito a veto, que compõem o Conselho de Segurança, não querem. E sem reforma que permita que o poder seja dividido e não concentrado em cinco países (Rússia, China, França, Estados Unidos e Grã Bretanha), não haverá soluções e nem democratização do poder global.

O que Brasil vai falar, já que sua luta pela reforma, junto com a Índia, Alemanha, Japão, entre outros, não deu resultado, sobre o mundo. Sobre os refugiados, vamos dizer que os recebemos de braços abertos, que somos uma nação de imigrantes e depois damos visto a alguns milhares dos milhões dos refugiados sírios. Ou o discurso do Presidente Temer será para explicar que não houve golpe, com os parlamentares fazendo compras de Natal na Quinta Avenida? A melhor explicação para provar que não houve golpe será um discurso de um país  que entende seu papel como potência que é neste mundo. Dando a sua contribuição na solução dos problemas mundiais, como há  tempos foi o caso do Haiti.

Além do discurso de Obama, último do seu mandato, haverá conversações sobre o futuro Secretário-Geral da ONU, que deve ser eleito até o final do ano. Além da agenda da própria ONU, haverá seminários sobre investimentos, com vários ministros presentes e inúmeros contatos bilaterais. Sem dúvida, não vai sobrar tempo  para compra de sapato novo. Inclusive porque teremos que dizer quando vamos pagar as contas atrasadas junto aos organismos internacionais, o que nos tira em muito o direito de liderar

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