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Friday 13 November 2015

DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM MINAS

DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM MINAS

Em uma reunião de presidentes de empresas, entre as quais muitas com investimentos em Minas, um advogado contou que investir hoje em dia em Minas não é aconselhável. Relatou a experiência que teve com o INDI, instituição mantida pelo BDMG e a CEMIG, que no passado recebia os investidores com um portfolio altamente profissional de informações  e além disso seus funcionários cobravam as respostas do potencial investidor, oferecendo sempre uma assistência impecável. E hoje nada mais existe desse tipo de atendimento, segundo ele. E além do mais, houve mudanças ainda não consolidadas na área de incentivos fiscais que definitivamente afastaram neste ano os investidores da rota de Minas.

Um outro advogado, hoje uma boa parte dos investimentos de fora chegam via escritórios de advocacia, contou uma história de 5 anos de não obtenção de licenças ambientais para um projeto de granito. Exercendo legitimamente sua profissão,  foi ameaçado  de prisão por funcionários da  área de meio ambiente por pedir vista nos documentos. No final das contas, o investidor desistiu do projeto. Aliás, com lama ou não da Samarco, essa área de meio ambiente é um assunto tão mal resolvido que efetivamente mostra inépcia dos governos anteriores e do atual no quesito de desenvolvimento sustentável do Estado de Minas.

Resumindo, como não temos uma política econômica mas só fiscal do Estado, com o Secretário de Desenvolvimento  Econômico só preocupado com o projeto da Petrobras em Uberaba, já inviabilizado há muito,  estamos sem rumo tanto no fortalecimento das empresas existentes como na captação de novos investimentos.  O papel de motor de desenvolvimento  ficou por conta da CODEMIG simplesmente porque tem um bom caixa e um presidente dinâmico. O resto do aparato do estado, inclusive com o próprio governador, simplesmente parou.

Mesmo estando o país em dificuldade, há sempre espaço para a atração de investimentos.  Mas, a base que Minas teve foi desmanchada nos últimos governos, e não teve relance neste governo. Minas não é mais atrativo para investidor. Passam por São Paulo, onde um ativo Investe São Paulo tem a direção de um mineiro,  investidores estrangeiros e representantes dos governos que sequer perguntam onde está Minas Gerais. Alias, a destruição da Usiminas pela briga de sócios e a lama da Samarco só confirmam que  tem que mudar  e já, antes que o estado se torne o último na atração de investimentos e o primeiro na escala de assassinato de empresas no estado.

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