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Sunday 2 August 2015

DAS PREFEITURAS QUEBRADAS

DAS PREFEITURAS QUEBRADAS

Centenas de prefeitos mineiros estão clamando que as prefeituras  estão quebradas. E muitos deles estão ameaçando fechar os serviços das prefeituras por falta de dinheiro. Esse clamor lembra a história de um cidadão que queria pagar uma conta com cheque de um banco com cinco estrelas, no que foi repelido pelo receptor dizendo que as cinco estrela do banco não valem nada porque o Brasil com 27 na sua bandeira está quebrado. Estamos quebrados: o Brasil, estados, prefeituras, empresas, os cidadãos. Portanto, o clamor das prefeituras não é único. Estamos todos mal.

O problema é que os prefeitos estão sofrendo um pouco mais do que os outros neste momento porque também, quando assumiram as prefeituras há dois anos e meio, ou continuaram com ré-eleição no cargo, não levaram em consideração as variáveis políticas que estavam se vislumbrando no horizonte. O fato é que os prefeitos, que são gerentes dos seus municípios, não se deram conta de que o  Governo Federal, cuja ré-eleição muitos apoiaram, vai deixá-los na mão devido à grave situação financeira da União e não vai cumprir suas obrigações. Erraram no prognóstico, confiando a sua gestão essencialmente à vinda de recursos da União ou do Governo do Estado.

Em outra vertente, também não olharam para o caixa  das prefeituras e perguntaram de onde vem o dinheiro. Se o dinheiro não vem dos dois governos, federal e estadual, como gerar desenvolvimento  econômico do município para que a crise seja a menor possível. São raros os casos de compreensão do desenvolvimento econômico pelos nossos alcaides, as exceções  que confirmam a regra são as prefeituras de Belo Horizonte, Camanducaia e Santa Luzia, entre algumas outras, que permitem que o impacto seja menor.

Os escândalos com altos salários dos alguns prefeitos e vereadores e míseros salários dos professores, levam a perguntar quantas prefeituras fizeram uma análise de custo, reestruturação de seus serviços  e de suas políticas econômicas. E alianças com todos na cidade para não resolver uma crise financeira que vai durar, mas fazer as prefeituras mais eficientes e eficazes para o cidadão.

Esta crise das prefeituras é a crise da cidadania e não vai ser resolvida pelo choro politico, aliás os prefeitos foram abandonados pelos seus deputados estaduais e federais, mas pela competência de gestão e liderança. Chorar e ameaçar menos, e trabalhar com  eficiência, serão as soluções. E elas passam por liderar um movimento de todos, porque o problema é de todos no município.

2 comments:

  1. Uma lei federal que eliminasse os salários de prefeito e vereadores pelo período em que o município estivesse com suas contas públicas furadas poderia resolver o problema. Evitaria os excessos, incompetências e politicagem. Infelizmente, isso é utopia. Será que deputados e senadores, que dependem de apoio dos prefeitos em suas eleições apoiariam tal lei? Talvez quando o Brasil chegar efetivamente ao fundo do poço, e for forçado a aprovar uma nova Constituão, isso possa acontecer, mas é difícil.
    Roberto Lima Netto - www.politicaseria.com.br.

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  2. Problema complexo!
    Como colocar pessoas de boa índole e com capacidade administrativa necessária nestes cargos.

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