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Sunday 9 August 2015

DAS DISPUTAS TERRITORIAIS

DAS DISPUTAS TERRITORIAIS

Na fronteira sul do Brasil, com o nosso vizinho Paraguai, foi criada uma situação política um tanto quanto incomum: os paraguaios alegam que as forças armadas brasileiras, durante um exercício militar na região, invadiram o território guarani. Claro que, além da nota diplomática, dizendo que o incidente, se existiu, será investigado, o exército  brasileiro negou o fato.

Ao norte, as tensões entre dois dos nossos vizinhos, Venezuela e Guiana, estão cada vez mais tensas e, na última cúpula do MERCOSUL em Brasília, ficou isso mais do que patente. A Venezuela reivindica parte do território da Guiana, a que a Guiana se opõe. O problema é simples: com o enfraquecimento do governo venezuelano, um inimigo externo sempre é bem vindo, ou então se inventa um, par que os problemas domésticos desapareçam, o poder do governo aumente e o patriotismo ganhe, mesmo às custas de vidas de  cidadãos inocentes. Vamos relembrar o caso das Ilhas Malvinas e a batalha entre as forças argentinas e britânicas,  há mais de vinte anos. Ninguém ganhou e muitos perderam a vida, sem saber até hoje porquê. E nenhum político  argentino ou general no poder  na época foi condenado  por causa disso.

A América Central, onde teve até a chamada guerra  do futebol entre Honduras e a Guatemala, continua sendo o palco de escaramuças. Hoje existem problemas entre o Haiti e a República Dominicana, devido à invasão da República Dominicana por imigrantes haitianos. Mas, esta é a menor das guerras por lá. O grande problema são as gangues, em especial juvenis, que dominam a violência na região e estão invadindo os Estados Unidos. Essa situação, totalmente desconhecida dos brasileiros passou a ser um dos mais graves problemas da América Central. É uma disputa não clássica de territórios e de conflitos sociais internos, ultrapassando as  fronteiras clássicas. E se a isso somarmos o ainda não resolvido conflito entre a guerrilha pseudo marxista, mas certamente de narcotráfico colombiana, chamada FARC, temos um quase completo retrato de América Latina (sem falar nas gangues de narcotráfico mexicanas) claramente conflituoso e divergente quanto à paz na região.

Não se pode também esquecer o conflito marítimo entre o Peru e o Chile, em vias de ser resolvido, mas por outro lado a pretensão boliviana de ter uma saída para o mar por parte do atual território chileno está longe de ser resolvida.

No final, podemos só agradecer ao Barão do Rio Branco, pai da nossa diplomacia, que o Brasil esteja territorialmente consolidado. Mas, nossos vizinhos, não. E isso não é bom.

1 comment:

  1. E isso não é bom mesmo! Se nem os problemas internos sensibilizam o planalto, o que umas fronteiras longínquas no meio do nada vão representar?
    Pena que no ditado do cego no tiroteio, temos apenas os cegos......

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