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Friday 19 December 2014

DA CUBA VIVA ou VIVA CUBA

De Cuba viva ou viva Cuba Foi o adorado Presidente Kennedy que, em 1962, rompeu as relações diplomáticas dos Estados Unidos com Cuba. De um lado enfrentou Fidel Castro, com mísseis russos virados para os Estados Unidos, e de outro lado tentou invadir Cuba através da Baia dos Porcos, em um dos maiores fracassos militares norte-americanos. E agora, 52 anos depois, outro democrata na presidência norte-americana declara que todo esse bloqueio foi em vão, os cubanos não mudaram, continuam comunistas e os Estados Unidos só perderam. Realmente um jogo perde-perde no lugar de ganha -ganha. Um ano e meio de negociações, com a ajuda do Canadá e da Santa Sé, resultaram em uma abertura entre os dois países, que veio seis anos após a eliminação das sanções européias contra Cuba, processo que aconteceu durante a Presidência da Eslovênia do Conselho Europeu. Troca de espiões, estabelecimento de embaixadas nos dois países, novas medidas para a remessa de dinheiro e mais uma série de outras são importantes, mas ainda há um caminho longo a ser percorrido. E as razões do lado dos norte-americanos são claras: Cuba estava estreitando cada vez mais suas relações com a China, estavam perdendo mercado e os latino-americanos estavam se afastando deles por causa dessa situação perversa. E mais: dois milhões de cubanos na Florida, um dos colégios eleitorais que pode decidir as próximas eleições, almejavam uma mudança dessa política que só prejudicava a todos e não mudava nada. Agora o processo de mudança começou e as negociações para resolver tudo vão ser difíceis e demoradas. Mas, a principal mudança, que é que os Estados Unidos aceitam o modelo chinês em Cuba, ou seja o regime comunista com liberdade de mercado, começou. E com isso as empresas norte-americanas terão um novo lugar de investimentos, verdadeiro maná a 150 km de Miami, não só para grandes corporações mas também para as pequenas e médias empresas. E em especial as dos descendentes de imigrantes cubanos, hoje já cidadãos americanos, que têm conhecimento da cultura e da língua e têm capital. Cuba será invadida pelo capital cubano-americano. Na ilha tem espaço para a expansão, mão de obra qualificada e de baixo custo e não tem nem CUT para promover greve. Muda também toda a relação dos Estados Unidos com os países da América Latina. Como vai ficar agora Organização dos Estados Americanos, da qual Cuba não participava? E os outros novos organismos regionais como UNASUL e CELAC? E como fica o Brasil nessa história? Talvez com a nova prosperidade ficaremos mais tranqüilos de que os cubanos vão ter dinheiro para pagar os empréstimos do BNDES. Mas, vamos enfrentar uma concorrência das empresas do Tio Sam para as quais não temos cacife. Nem capital, nem agilidade empresarial e agora os cubanos tem novos amigos velhos. Ainda temos um pouco de tempo para ganharmos espaço, mas não muito. Senão, perdemos tudo o que já investimos e não aproveitamos bem a oportunidade. Tempos novos.Viva Cuba.Viva os Estados Unidos. Stefan Salej 18.12.2014.

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